Segurança digital é um assunto importantíssimo atualmente. Você sabe como proteger os dados sensíveis armazenados no seu celular?
Sem sombra de dúvidas, a proteção dos dados armazenados no celular é um assunto importantíssimo. Esses dispositivos acumulam informações sensíveis, como registros bancários, registros de atividades pessoais, fotos e conversas íntimas. Nos últimos tempos, com a popularização dos smartphones, golpes também se tornaram comuns.
Pessoas mal intencionadas utilizam diferentes artifícios para conseguir acesso aos dados contidos nos smartphones, seja por meio de softwares maliciosos, clonagem de aplicativos de mensagens, como o famoso WhatsApp, ou invasão da rede Wi-Fi. Quando expostos, os dados da vítima podem ser utilizados para muitos fins, desde o envio de publicidade direcionada sem autorização até extorsão e roubo de dinheiro.
O armazenamento de informações no celular não é necessariamente algo ruim. Na verdade, o aparelho pode ser bastante útil nesse sentido. Atualmente vemos o crescimento das fintechs (Financial Technology, ou Tecnologia de Finanças) como Nubank e Inter, que oferecem serviços financeiros digitais para lá de competitivos em comparação com bancos tradicionais.
No entanto, é necessário tomar precauções e prezar pela segurança digital ao utilizar o smartphone como meio de armazenamento de dados. Você sabe como se proteger? Veja a seguir formas de se prevenir contra ataques cibernéticos no celular.
Conheça o seu celular
É importante que você saiba todos os aplicativos de bancos, redes sociais, e-mails, compras, anotações pessoais e de trabalho, contas em jogos, entre outros, que estão no seu celular.
Evite instalar aplicações que não estão na loja de aplicativos do seu celular ou que possuem poucas avaliações. Além disso, embora seja comum aplicativos pedirem permissão para exercer diversas atividades no celular durante o uso, existem apps que fazem requisições suspeitas.
Entre as concessões comumente solicitadas estão a localização do usuário, o acesso às fotos e a gravação de áudios por meio do microfone do celular ou de vídeos usando a câmera. No entanto, um aplicativo de edição de fotos, por exemplo, não precisa ter acesso à sua localização. Desconfie.
Crie senhas fortes
Muita gente costuma utilizar a mesma senha para uma porção de contas, mas isso é uma grande furada. Uma vez que um criminoso consegue decifrar o código, automaticamente ganha acesso a todas as informações da vítima.
Mesmo que você precise anotar em um bloco especial para isso, crie senhas diferentes e opte por opções com caracteres especiais e números. Atualmente existem aplicativos que geram senhas seguras automaticamente e guardam em “cofres” para que você não as esqueça, como é o caso do Bitwarden.
Mas ainda mais importante é a senha de desbloqueio do próprio celular. É fato que, em caso de roubo, o acesso ao aparelho bloqueado pode ser exigido mediante violência. Mas para os casos de furto, uma senha forte ajuda muito a reduzir o risco de acesso imediato ao celular.
Use sempre códigos de bloqueio, com preferência a uma senha forte alfanumérica. Outro requisito é configurar para que, caso haja dez erros consecutivos desse código de desbloqueio, o celular seja formatado.
Proteja o chip
É interessante colocar uma senha no SIM card, o chip da operadora. Isso porque caso seu celular seja roubado ou furtado, o criminoso pode retirar o chip e inseri-lo em outro smartphone, ganhando acesso total aos serviços de sua linha telefônica.
Anote os números de registro do seu celular
É importante conhecer dados de fábrica e registro do celular, pois podem ser úteis para a realização de um Boletim de Ocorrência na delegacia, por exemplo. Essas informações incluem o tipo e modelo do celular, número de série, IMEI, PIN e PUK.
Para descobrir seu IMEI, basta abrir o app de ligações telefônicas e digitar *#06# no teclado. O IMEI será exibido na tela. Anote e guarde num lugar seguro. Também pode encontrar em Ajustes>Geral>Sobre, no caso de aparelhos com sistema iOS. Os números do PIN e PUK do chip (que vêm no cartão) também devem ser guardados para uma eventual necessidade.
Use a autenticação em duas etapas e biometria
Implemente o mecanismo de autenticação de dois fatores em todas as aplicações que o permitirem, especialmente nas suas redes sociais – como o WhatsApp – e nos acessos a serviços como e-mails, compras, bancos etc.
O acesso é controlado por um procedimento que estabelece a identidade do usuário com algum grau de confiança (autenticação) e só concede determinados privilégios (autorização) de acordo com a identidade. Um exemplo desse tipo de login seria a digitação de uma senha e a utilização de uma impressão digital.
Além disso, a biometria – reconhecimento facial e Touch ID – é recomendável para todos os aplicativos com suporte à tecnologia. A exigência de um fator de segurança como esse impede que um invasor, mesmo com acesso ao seu celular, entre em apps com tal mecanismo.
Feche aplicativos e desabilite notificações
É recomendável que qualquer app seja fechado corretamente, do contrário, poderá ficar rodando em segundo plano, às vezes com o serviço logado por várias horas. Isso pode gerar risco de acesso fácil não autorizado, caso um criminoso tenha acesso ao celular.
Além disso, as notificações deixadas à mostra em telas bloqueadas podem dar acesso indesejado a conteúdo sensível, como mensagens privadas. Você pode configurar seu celular para limitar a visualização desses dados.
Configure o acesso remoto
Os dispositivos móveis permitem que você configure o acesso remoto para buscar a localização em caso de perda, bem como para realizar uma ação mais radical como apagar o conteúdo remotamente.
No Android basta logar em seu computador com a conta do Google e digitar “Find my phone”. Abre-se uma aba com a localização aproximada do seu smartphone. Configure a proteção e limpeza para ativar o recurso de monitoramento remoto do smartphone.
No iPhone, você encontra esta opção acessando o iCloud (icloud.com) com o login e senha da Apple e clicando em “Buscar iPhone” para conferir se está tudo certo.
Evite redes Wi-Fi públicas suspeitas
Diversos estabelecimentos oferecem Wi-Fi grátis, como hotéis, shoppings, restaurantes e aeroportos. No entanto, é preciso ficar atento a essas conexões, já que elas ficam mais expostas que uma rede caseira.
Sempre que possível, prefira a rede 3G ou 4G quando estiver fora de casa, especialmente se for utilizar aplicativos de bancos ou realizar transações bancárias no navegador.
As conexões sem fio públicas podem ser frágeis no quesito segurança, principalmente quando não têm senha. Ainda que seja possível que ladrões invadam a rede móvel, não será tão fácil como no Wi-Fi.
E o famoso WhatsApp clonado?
Os golpes envolvendo o WhatsApp se tornaram bastante comuns. Criminosos usam o código de verificação enviado pelo mensageiro ao usuário para ter acesso às conversas. Geralmente, a vítima cede essa numeração por meio de anúncios mentirosos na internet
Para se proteger, evite clicar em links suspeitos que tenham sido encaminhados e esteja atento a atividades estranhas na sua conta, verifique com frequência as sessões ativas do WhatsApp Web nas configurações do app, evite usar versões “turbinadas” do mensageiro, como GB WhatsApp, e ative a verificação em duas etapas no aplicativo.