Em janeiro de 2022, o iPhone completou nada menos que 15 anos de história revolucionária. Entenda como tudo começou!
Em janeiro de 2022, o iPhone completou nada menos que 15 anos de história revolucionária. O smartphone e principal produto da Apple não é apenas um celular, mas também um símbolo de status. Entre celebridades e pessoas comuns, os iPhones são uma verdadeira febre no Brasil e no mundo.
Embora registrem uma presença de mercado de apenas 29,24% entre os sistemas móveis – contra 70,01% do Android – o Apple iPhone e iPad respondem por três quartos dos lucros do setor. Sem dúvidas, a Maçã ainda deixa o Google e todas as fabricantes que trabalham com seu sistema operacional comendo poeira.
O iPhone apresentado por Steve Jobs em janeiro de 2007 foi eleito em 2016 pela revista TIME “o gadget mais influente da história”, tanto por quebrar o paradigma do que um telefone celular poderia ser, quanto por mudar completamente a telefonia móvel e as formas de se consumir conteúdo.
Mas o que exatamente levou o iPhone a ser considerado um dispositivo tão revolucionário na indústria de celulares? Para isso, vamos voltar na história e falar um pouco mais sobre o desenvolvimento desse famoso aparelho da Maçã.
Planos Iniciais
Entre 1993 e 1998, a Apple se dedicou a produzir o Newton MessagePad, um dispositivo de assistente digital pessoal. Esse aparelho chegou ao mercado quase que completamente desprovido de botões. Foi a partir deste design que Steve Jobs, co-fundador e CEO da companhia, teria vislumbrado a chave para permitir a Apple revolucionar a telefonia celular – muito embora o produto original não tenha sido popular.
O primeiro conceito de um verdadeiro dispositivo do tipo iPhone surgiu em 2000, quando o designer da Apple, John Casey, enviou algumas artes conceituais por e-mail interno para algo que ele chamou de Telipod – uma combinação de telefone e iPod. O chamado Telipod nunca entrou em produção, mas Jobs já acreditava que os celulares com tela sensível ao toque e acesso à Internet eram o futuro do segmento.
Oficialmente, o desenvolvimento tanto do iPhone quanto do iPad começou em 2004, quando Jobs colocou quase a mesma equipe do iPod para trabalhar em um empreendimento secreto conhecido como “Project Purple”.
Envolvido no projeto, Jony Ive, ex-SVP de Design da Apple, trouxe uma solução para as telas do iPhone e do iPad. A ideia era que o usuário navegasse sem depender de botões, tocando e movendo os dedos diretamente sobre a tela touch.
A decisão de Jobs
Inicialmente, Jobs não queria entrar no mercado de smartphones, mas em 2002, depois de lançar o iPod, ele entendeu que não teria como evitar a mudança. Em 2004, celulares começaram a embarcar recursos dos players de música digitais, e era preciso garantir um meio de manter a Apple à frente da concorrência.
Na época, a BlackBerry dominava e tinha forte apelo ao usuário corporativo, posicionando-se como símbolo de status do homem de negócios bem-sucedido. Em outras palavras, o sinônimo de computador de bolso funcional, do jeito que um smartphone deve ser, era aquele que contava com teclado físico e tela normal, sem função touch.
De modo geral, antes do iPhone, os smartphones costumavam ser volumosos, pesados e com funções limitadas. Por isso ele foi uma grande virada de jogo; sua tecnologia foi de última geração na época e envolveu o registro de mais de 200 patentes.
Para Jobs, lançar um celular sem botões era essencial para atrair a atenção do público e distanciar o seu produto do que todos entendiam como o “smartphone ideal”. Além disso, ele não tinha um público-alvo em mente; queria que o iPhone fosse adotado por todo mundo.
Lançamento oficial e características inovadoras
Foi assim que em 9 de janeiro de 2007, Steve Jobs anunciou o novo iPhone como um “iPod com telefone” na Convenção Macworld. O dispositivo garantia soluções do player de música, como acesso à iTunes Store, via redes móveis, Wi-Fi e cabo, ligado a um Mac ou PC. A inserção oficial do celular no mercado ocorreu em 29 de junho de 2007.
O iPhone foi o primeiro smartphone sem teclado dedicado para discagem, sendo um dispositivo inteiramente touchscreen que revolucionou a indústria com seus controles multitoque. Além de poder usar a tela para selecionar e usar aplicativos, os usuários também podiam rolar e aplicar zoom com os dedos.
Outra tecnologia inovadora foi o acelerômetro, um sensor de movimento que permitia ao usuário virar o telefone de lado e fazer a tela girar automaticamente para se adequar. O gadget se apresentou como um poderoso computador de bolso fácil de usar, intuitivo, com grande eficiência energética e relativamente acessível.
Entre o lançamento oficial nas lojas no dia 29 de junho de 2007 e o fim da disponibilidade oficial em 15 de julho de 2008, o iPhone 2G vendeu 6.124.000 unidades. Seu sucessor, o iPhone 3G – que aliás introduziu os aplicativos com a App Store – vendeu nada menos que 1 milhão de unidades no primeiro fim de semana. As fabricantes concorrentes tiveram que “ralar” para lançar produtos à altura.
Mais tecnologia de ponta
Desde então, os avanços não pararam. A Apple lançou o iPhone 4S com a assistente pessoal Siri, controlada por voz e baseada em inteligência artificial, capaz de realizar inúmeras tarefas para o usuário. O iPhone 10 (também conhecido como iPhone X), foi o primeiro a usar a tecnologia de tela de diodo orgânico emissor de luz (OLED), carregamento sem fio e tecnologia de reconhecimento facial para desbloquear o telefone.
Atualmente, representando a geração mais avançada de smartphones da Maçã, temos os iPhones 13, 13 Mini, 13 Pro e 13 Pro Max. Um dos grandes destaques desses aparelhos é o processador A15 Bionic, produzido pela própria Apple. Segundo a fabricante, a nova CPU é até 50% mais rápida que os modelos compatíveis da concorrência e tem gráficos 30% mais rápidos, além de oferecer conexão 5G com mais bandas.
O chip tem seis núcleos, sendo que dois deles são de alta performance. Com o A15 Bionic, a Apple garantiu a execução rápida de uma porção de novos recursos de câmera – que aliás está entre as melhores do mercado – e o sistema operacional iOS 15, também exclusivo da marca. Outro destaque do chip é sua eficiência energética, que ajuda a economizar bateria.
A Apple já não divulga mais o número exato das vendas de seus produtos; em janeiro de 2021, o CEO Tim Cook se limitou a dizer que existiam 1 bilhão de iPhones ativos em todo o mundo. De qualquer forma, a introdução do iPhone no mercado 15 anos atrás mudou para sempre a telefonia celular. Os dispositivos móveis evoluíram para computadores completos, mudando a nossa relação com comunicação e consumo de conteúdo.